Dia 25 de junho, quarta-feira, dia do meu rodízio, frio de doer os ossos. Durante minha fuga pra atravessar Av. dos Bandeirantes antes das 17:00hs...a tempo de não levar multa, percebo o carro engasgando, vejo o ponteiro do combústivel na reserva. Mas com a energia positiva que mentalizei, mesmo com o carro empacando, consegui atravessar a avenida a tempo de não levar prejuízo e pontinhos na carteira .
Chegando próximo a minha casa, paro no posto pra abastecer e calibrar os pneus, quando penso em dar partida..quem disse que o carro funciona!! Resumindo...pedi socorro para um mecânico próximo..ele fez de tudo... e nada do carro funcionar.
E lá fui eu dentro do carro sendo guinchado até o mecânico. Minha preocupação na hora..era como seria no dia seguinte pra ir trabalhar. Ok, eu uma quase "atRéta" pensei em ir pedalando, mas chegar na casa do meu aluno suada não seria uma forma apresentável de lhe dar bom dia. Pois bem, sendo assim, resolvi ir trabalhar de busão!!!!
Hoje dia 26/06 - 5:20 da manhã o relógio despertou mais cedo do que o normal, tomei meu café e ainda escuro sai destino ao ponto de ônibus, fazia muito tempo que não ia trabalhar de ônibus...muiiiiiiiiiito tempo mesmo...isso foi a 12 anos.
Não sabia qual "bus" pegar, o valor da passagem e nem se daria tempo de chegar no horário combinado com o aluno....mas tudo foi dando certo, tive que pegar dois ônibus pra chegar na Av. Cidade Jardim. Poxa, fiquei surpreendida.....busão vazio, nada de trânsito, talvez por ser muito cedo? será?
Durante o trajeto comecei a lembrar da minha antiga rotina dentro de uma "caixa móvel". Lembro-me bem, como se fosse hoje... ônibus lotado, pessoas demais em um espaço muito limitado. Ronco de pessoas que dormiam, choro de criança , nariz fungando pessoas comendo coisas estranhas , tiques nervosos, pessoas falando alto , e pra levantar do banco quando sentava do lado da janela? Lembro que passava com o meu popô que nunca foi pequeno na cara da pessoa sentada ao lado e/ou praticamente no colo da mesma. E os odores? cheiro do resto da marmita esmagada, falta de banho, cigarro, peido. É , os odores ficavam perdidos pelo ar, não tinha pra onde ir e muito menos nós, como fugir? Prender a respiração? E as encoxadas? Ah não tinha como escapar! Era praticamente uma orgia, peitadas, bundadas e pintadas por todo canto...
Mas pra quem não sabe, dentro do ônibus existe muito calor humano, na verdade é muito lindo o amor que une e gruda as pessoas... risos
Melhor ainda era a emoção de sair dele de dentro dessa caixa móvel ambulante....chegava lembrar da hora em que nasci, a experiência lembrava muito o momento em que vi a luz pela primeira vez.
É, hoje encarei o transporte com tranquilidade, sabia que seria apenas hoje...e que amanhã já estarei com meu super Kaquinha ou Ka-bala que me leva por ai tudo.... adorei o desafio e lembrar do passado, mesmo com tanto aperto e odor!
Chegando próximo a minha casa, paro no posto pra abastecer e calibrar os pneus, quando penso em dar partida..quem disse que o carro funciona!! Resumindo...pedi socorro para um mecânico próximo..ele fez de tudo... e nada do carro funcionar.
E lá fui eu dentro do carro sendo guinchado até o mecânico. Minha preocupação na hora..era como seria no dia seguinte pra ir trabalhar. Ok, eu uma quase "atRéta" pensei em ir pedalando, mas chegar na casa do meu aluno suada não seria uma forma apresentável de lhe dar bom dia. Pois bem, sendo assim, resolvi ir trabalhar de busão!!!!
Hoje dia 26/06 - 5:20 da manhã o relógio despertou mais cedo do que o normal, tomei meu café e ainda escuro sai destino ao ponto de ônibus, fazia muito tempo que não ia trabalhar de ônibus...muiiiiiiiiiito tempo mesmo...isso foi a 12 anos.
Não sabia qual "bus" pegar, o valor da passagem e nem se daria tempo de chegar no horário combinado com o aluno....mas tudo foi dando certo, tive que pegar dois ônibus pra chegar na Av. Cidade Jardim. Poxa, fiquei surpreendida.....busão vazio, nada de trânsito, talvez por ser muito cedo? será?
Durante o trajeto comecei a lembrar da minha antiga rotina dentro de uma "caixa móvel". Lembro-me bem, como se fosse hoje... ônibus lotado, pessoas demais em um espaço muito limitado. Ronco de pessoas que dormiam, choro de criança , nariz fungando pessoas comendo coisas estranhas , tiques nervosos, pessoas falando alto , e pra levantar do banco quando sentava do lado da janela? Lembro que passava com o meu popô que nunca foi pequeno na cara da pessoa sentada ao lado e/ou praticamente no colo da mesma. E os odores? cheiro do resto da marmita esmagada, falta de banho, cigarro, peido. É , os odores ficavam perdidos pelo ar, não tinha pra onde ir e muito menos nós, como fugir? Prender a respiração? E as encoxadas? Ah não tinha como escapar! Era praticamente uma orgia, peitadas, bundadas e pintadas por todo canto...
Mas pra quem não sabe, dentro do ônibus existe muito calor humano, na verdade é muito lindo o amor que une e gruda as pessoas... risos
Melhor ainda era a emoção de sair dele de dentro dessa caixa móvel ambulante....chegava lembrar da hora em que nasci, a experiência lembrava muito o momento em que vi a luz pela primeira vez.
É, hoje encarei o transporte com tranquilidade, sabia que seria apenas hoje...e que amanhã já estarei com meu super Kaquinha ou Ka-bala que me leva por ai tudo.... adorei o desafio e lembrar do passado, mesmo com tanto aperto e odor!